Neurodivergências
Apoio, desenvolvimento e calma são alguns dos benefícios que os livros podem trazer para crianças com diagnóstico de TEA, TDAH, dislexia, disgrafia, ansiedade, obsessão, compulsão, Tourette e outras síndromes. Não é uma resposta imediata, mas a leitura em voz alta incluída na rotina beneficia a família que enfrenta alguma tipo de alteração. Participei de uma discussão sobre formas de conduzir estudantes neurodivergentes em escolas e fiquei impressionada como a comunicação visual é de extrema importância para essas crianças. Mesmo para quem não tem um diagnóstico fechado, abordar os temas não só com fala, mas com figuras, desenhos, ilustrações possibilita uma conexão com o estudante.
Nesse aspecto, o livro é fundamental, porque possibilita por meio da imagem que exista um diálogo, uma interatividade e o desenvolvimento da parte cognitiva. Existem diferenças entre modelos de tratamento apresentados pela medicina e pela questões social e comportamental. O livro é um remédio do ponto de vista não-medicamentoso. Ou seja, faz parte do tratamento, mesmo que não seja um medicamento em si.
Por fim, uma conclusão muito interessante e inovadora para se pensar no mundo hoje está no pensamento de Judy Singer.
“Por que não propor que, assim como a biodiversidade é essencial para a estabilidade de um ecossistema, a neurodiversidade pode ser essencial para a estabilidade de uma cultura.”
Fontes - websites
Onwards & Upwards Psycholoy - Dr. Sandhya Menon
Reframing Autism Community
OT4ADHD - Lori Flynn
PodcastsUniquely Human - Dr. Barry Prizant
Neurodivergent Woman Podcast - Drs. Lovock & Mitchelson
BooksThe Little Book of Autism FAQs How to talk with your child about their diagnosis & other conversations - Dr. Davida Hartman
The Out-of-Sync Child Series - Carol Stock Kranowitz
Toda semana tem sugestão de livro novo e experiência a ser compartilhada
Algumas bancas de livros em supermercados, lojas de conveniência e outros locais que não são livrarias nem sempre apresentam os melhores títulos. Ou são livros em quadrinhos de qualidade duvidosa. Numa das viagens que fazíamos com frequência no interior do estado do Rio de Janeiro para visitar minha sogra paramos para esticar as pernas, ir ao banheiro e tomar ao café. Durante o curto período de descanso para os adultos e brincadeiras de correr para as crianças, encontrei uma pequena feira de livros, com mais edições para colorir, recortar e brincar do que exemplares para ler realmente. No meio de tanta coisa que não prestava, encontrei “A Princesinha”. Não conhecia, não dava tempo de pesquisar porque estávamos com pressa. Custava apenas R$ 10 e quando vi a autora não tive dúvidas. Vou arriscar. Comprei e que maravilha de leitura. A escritora famosa pelo “O Jardim Secreto” presenteia seus leitores com uma história rica em ação, aventura e muito amor. O poder de contar histórias da autora e da personagem principal fascina até o leitor mais desatento. Recentemente, vimos o filme e gostamos muito. Vale a pena ler em voz alta para as crianças e depois ver o longa lançado em 1995 e dirigido por Alfonso Cuarón.
Um pouco mais sobre quem escreve
Para quem ainda não segue o instagram @maislivrosmenostelas aproveito para contar um pouco mais sobre a minha trajetória. Tenho 40 anos, sou jornalista e curto muito acompanhar o desenvolvimento das minhas 3 crianças: Laura, Miguel e Cecilia. Trabalhei em jornal, site, rádio e televisão. Na GloboNews, fui produtora e editora por 14 anos. A leitura para as crianças se tornou uma prioridade quando percebi que as telas poderiam atrapalhar esse processo. Por isso, comecei a pesquisar sobre esse tema. Hoje, já consigo reunir uma série de fundamentos sobre o assunto e tenho ajudado diversas crianças no desenvolvimento da leitura. O primeiro passo para quem tem uma criança em casa é lembrar da recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Até 24 meses (2 anos) zero telas. Ou seja, nada de celular, televisão, tablet, computador. É possível. Para isso acontecer, o adulto também deve evitar telas perto das crianças e criar o hábito de deixar o celular mais afastado. Quem tem um dispositivo por perto vai acabar consultando, afinal, hoje é muito mais fácil pesquisar no google para descobrir a capital de um país do que buscar em enciclopédias, livros, dicionários, etc.
nunca tinha escutado falar de "a princesinha". nem do livro, nem no filme.